Demais registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave têm tendência de queda
O novo boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quarta-feira (21), chama a atenção para o aumento recente de casos de influenza A. Segundo o coordenador da pesquisa, Marcelo Gomes, a doença, que causou um surto em alguns pontos do país no ano passado, está aparecendo novamente na cidade de São Paulo.
A capital paulista tem registrado tendência de aumento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças e adolescentes. Gomes destaca que a alta pode estar associada à gripe. “Por isso, não podemos esquecer da vacina para ter a melhor proteção possível”, aconselha o pesquisador.
No restante do país, a Fiocruz observa queda nos pacientes com SRAG, tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto curto prazo (últimas três semanas). Os dados dizem respeito à semana entre 11 e 17 de setembro.
Nacionalmente, a Covid-19 ainda lidera os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com 55,8%. Em seguida, aparecem casos de influenza A (9,7%), vírus sincicial respiratório (8,6%) e influenza B (0,8%). Em relação às mortes, o coronavírus é a causa de 90,3%.
Das 27 unidades federativas, apenas o Amapá registra crescimento na tendência de longo prazo. Já nas capitais, esse é o cenário em Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP), além do plano piloto e arredores de Brasília.
Em praticamente todas as faixas etárias, o boletim InfoGripe relata queda ou estabilidade de casos de SRAG, com a curva nacional abaixo do patamar de abril deste ano, o mais baixo desde o início da pandemia de Covid-19.
Fonte: CNN Brasil
Em nove meses de 2022, número de casos é 90% maior que o registrado ao longo de todo ano de 2021
O número de casos de meningite no Espírito Santo este ano acende um alerta para a importância da imunização. De janeiro até agora foram registradas 41 mortes e 158 casos pela doença, segundo a secretaria de Estado da Saúde.
A meningite é uma infecção das membranas que recobrem o cérebro, chamadas meninges. A doença é causada por bactérias ou vírus, porém, nem todas são contagiosas ou transmissíveis. Apesar de pessoas de qualquer idade estarem suscetíveis a contrair meningite, crianças menores de 5 anos são as mais atingidas.
“Temos um problema relacionado à baixa cobertura vacinal contra a meningite e também contra outras doenças que podem ser prevenidas por meio de imunizantes. Existem 31 doenças evitáveis pela vacinação e precisamos ficar atentos a todas. Atualmente, nenhuma delas apresenta cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde aqui no Estado”, alertou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
O subsecretário disse ainda que há dez anos o número de casos era significativamente maior, mas na época novas vacinas foram disponibilizadas, o que contribuiu para a redução significativa de registros da doença. “Porém, em 2019, antes mesmo da pandemia provocada pela covid-19, contabilizamos 159 casos de meningite. Depois disso, chegou a covid e o isolamento social. Em 2021, foram registrados 83 casos e 19 mortes. Em 2020, 63 casos e 23 mortes”.
Esse ano, com a retomada e a liberação de todas as atividades, ainda com a cobertura vacinal não adequada, os casos voltaram a subir. Em nove meses de 2022, o número já é 90% maior do que o registrado ao longo de todo o ano de 2021.
ES disponibiliza vacina para adolescentes e trabalhadores da saúde
No último dia 8 de julho, a Sesa anunciou a disponibilização do imunizante contra meningite meningocócica C (conjugada) para adolescentes não vacinados de 13 a 19 anos e trabalhadores da saúde. As vacinas estarão disponíveis para esse público até o próximo dia 30 de setembro.
Na época, o órgão informou que a proteção aos adolescentes acontece, especialmente, por esse grupo ser o principal responsável pela manutenção da circulação da doença na comunidade. Já nos trabalhadores da saúde, a recomendação se dá considerando a gravidade e a letalidade da doença.
De maneira geral, o imunizante fica disponível nas mais de 700 salas de imunização espalhadas por todo o Estado e é contemplado pela Calendário Nacional de Vacinação para quem tem até 12 anos de idade. Reblin reforçou que existem imunizantes para atender todos que precisarem.
“Uma outra coisa muito importante é que as famílias fiquem atentas aos sintomas. Quanto mais cedo houver intervenção, maiores as chances de respostas positivas no tratamento da doença. Observar febre alta, rigidez de nuca, vômito em jato e também manchinhas na pele. Em caso de suspeita, a orientação é procurar o serviço de saúde para a intervenção correta”, concluiu Reblin.
Conheça os sintomas da meningite
Entre os principais sintomas da doença, estão:
– Febre alta;
– For de cabeça;
– Rigidez de nuca;
– Manchas vinhosas grandes ou pequenas na pele;
– Confusão mental;
– Dor de garganta;
– Vômitos/náuseas (nem sempre, inicialmente);
– Sonolência;
– Dificuldade para acordar;
– Dor nas articulações;
– Falta de apetite.
Prevenção e tratamento
A vacinação é a principal forma de evitar a meningite. Diante dos sintomas, o médico fará uma avaliação, além da análise preliminar de amostras clínicas. Em casos mais graves, o paciente é encaminhado para internação e o tratamento realizado com antibióticos específicos.
SUS oferece 5 tipos de vacina contra as meningites bacterianas
Os imunizantes oferecidos pela Rede Pública Estadual são:
– Vacina meningocócica C: para crianças de até 10 anos de idade que previne doença meningocócica pelo sorogrupo C; Até o dia 30 de junho também estará sendo ofertada de forma temporária para adolescentes de 13 a 19 anos.
– Vacina meningocócica ACWY: para adolescentes de 11 e 12 anos que previne quatro tipos de doença meningocócica pelo sorogrupo A, C, W e Y;
– Vacina pneumocócica 10 valente: para crianças menores de 5 anos que previne meningite pelo pneumococo;
– Vacina pentavalente: para crianças menores de 7 anos que previne meningite pelo Haemophilus influenzae tipo B;
– Vacina BCG: para crianças menores de 5 anos de idade que previne meningite tuberculosa.
Fonte: Folha Vitória por Ana Carolina Monteiro